A brincadeira de stop era famosa na década de 90, não que agora não seja, mas com certeza a sua freqüência diminuiu. E foi brincando de stop que tudo aconteceu. Costumava viajar para Mauá e região do ABC na minha infância, como a família da minha é enorme, eu tinha a sorte de sempre ter um primo para me acompanhar em brincadeiras. Um dia, cansados de brincadeiras de luta, eu e um primo mais velho resolvemos brincar de stop, sorteamos a letra deu “A”. Passados trinta segundos eu gritei:
-Stop!-meu primo continuou a escrever e eu protestei- falei stop parou!
Ele parou de escrever e continuou:
-Vamos lá, qual nome?- perguntou
-Armando, e o seu?
-Arnaldo- dez pontos para cada um e continuamos conferindo até que chegou na cor.
-Cor?- perguntou meu primo.
-Amarelo, e você?
-Amarrom.
-Amarrom? Que cor é essa?-perguntei indignado.
-Amarrom é a cor da madeira ué!
-Cor da madeira? A cor da madeira é marrom.
-É nada, é amarrom- a discussão seguiu e parecia não ter fim, de repente tive uma ideia, perguntar as nossas mães, mas essas não estavam em casa, então meu primo sugeriu:
-Vamos perguntar pra minha irmã!
-Sua irmã é mais burra que você!- retruquei
A discussão prosseguiu sem nenhum ruma concreto, até que eu concordei em perguntar para a minha prima:
-Joana- a chamei- fala pro seu irmão idiota, qual é a cor da madeira?
-Amarrom- era o que me faltava, como eram dois contra um aceitei a derrota. Agora, por que eles falavam amarrom? Não sei.
Claudio Eduardo da Silva
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