26.4.11

RAZA- Um Filme de Propaganda Fascista e Uma Novela de Jaime de Andrade

Uma Breve Análise.

O filme Raza foi feito de acordo com as recomendações do regime franquista e baseado na novela homônima do autor Jaime de Andrade, que mais tarde foi descoberto ser um pseudônimo de Francisco Franco, cuja intenção era mostrar aos espanhóis um ideal de povo que se apega aos costumes e a religião, assim como também, exalta as forças armadas. José é filho de um marinheiro que perdeu a vida na guerra hispano-americana; após alcançar a maioridade entra para o exército espanhol -o filme não mostra esse processo- ele ainda é criança e depois da morte do pai já o vemos capitão do exército. José, então, entra em embate com o irmão mais velho, pois esse é aliado dos republicanos. Ao final o irmão de José, Luis, entrega aos fascistas as táticas republicanas permitindo assim que esses vençam a guerra. O filme é repleto de simbolismo, antes de se corromper Pedro tem seu irmão mais novo Jaime, que é padre, assassinado pelas forças antifascistas, José também sofre um atentado, mas sobrevive, segundo o filme graças à glória de Deus.
Essa glória salvadora de Deus é reforçada em várias partes do filme assim como a violência antifascista contra os padres. Jaime, o padre, é mostrado sempre de forma serena inclusive ao lado de crianças órfãs que são ajudadas pelo jovem sacerdote. Isso faz um grande contraponto com os padres mostrados nos filmes antifascistas, nos quais esses aparecem sempre como repressores e corruptos. A cena da morte dos padres é representada de forma romântica embora haja grande precariedade tanto nos efeitos especiais quanto na atuação dos atores. A foto de Franco aparece diversas vezes em momentos de bravura e luta e servem para reforçar a importância do caudilho no conflito civil.
Na cena final, a vitória fascista é festejada com grande louvor, principalmente mulheres e crianças são mostradas como grandes adeptos do novo regime, Franco está posicionado em um palanque olhando a marcha dos militares sobre a Espanha. Finalmente o filme busca fazer um retrato da “Raza” espanhola que, devido ao seu grande passado de lutas, como a guerra da reconquista ou a guerra hispano-americana, são reforços para o grande triunfo frente os comunistas e anarquistas.

Considerações sobre o artigo: “Raza, novela de Jaime de Andrade, pseudónimo de Francisco Franco.” Escrito por Rafael Utrera Macías da Universidade de Sevilla.

O artigo de Macías vem nos dar uma luz sobre a novela de Francisco Franco, esse autor especula a possibilidade da obra literária já ser escrita com a intenção de que se tornaria um filme. A análise nos mostra as modificações feitas pelo diretor da novela para o filme, essas modificações fazem com que, ora a obra literária ora o filme, percam ou ganhem muito nas suas intenções. Por exemplo: na novela, José o personagem que representa Francisco Franco, é preso por um grupo republicano e condenado à morte[1], mas quando está para ser alvejado,  ocorre uma invasão aérea e José se salva, no entanto ele é atingido por um tiro acidental. Já no filme a cena do fuzilamento não ocorre desta forma, o protagonista é fuzilado, mas se salva de forma milagrosa, mostrando uma faceta do caudilho que encontramos no livro “La Guerra Civil Española” de Paul Preston: “Los oficiales ‘africanistas’ Le respetaban por su impasible crueldad, así como las tropas moras, porque las numerosas ocasiones em que habia escapado milagrosamente de la muerte les habían convencido de que poesía el poder místico de la baraka o invulnerabilidad.” (Preston, 2005). Este trecho explica o impacto da cena que dá o caráter de herói a José.
Outro ponto principal, que possui força semelhante tanto no filme quanto na novela, é a (oni)presença do general Franco, segundo Utrera aponta, na novela o nome do caudilho é pronunciado diversas vezes de acordo com seus êxitos e triunfos, já no filme o que aparece é sua imagem, principalmente quando Luis Exteberria titubeia em continuar no conflito. A imagem do general aparece de forma religiosa e se faz presente nos momentos de angústia, atuando como uma força externa que “ilumina” o campo de batalha. Talvez isso seja causado também pela dificuldade que o diretor encontra, ou encontrou, em transformar as palavras em imagens, mas como se trata de um filme fascista, feito pelo ministério da propaganda e que possui forte influência do cinema nazista de Leni Riefenstahl [2] , podemos concluir que essa pode ser umas das técnicas de propaganda utilizadas pelo governo franquista.
Utrera segue seu trabalho agora apontando os eixos temáticos da novela. Esses eixos temáticos, e isso é o que mais importa, aparecem de forma massiva durante ambas as obras. O autor começa discursando sobre o assunto nos alertando que tudo em Raza deve ser olhado como alegoria. Partindo desse princípio começa a apontar e a decifrar essas alegorias na obra literária, não por acaso são semelhantes às alegorias do filme. Os conceitos mais trabalhados na novela são: o dever, a pátria, a raça e a honra, além de outros dois conceitos que entram em pátria, a própria Espanha e a nação. Afinal para o governo fascista de Franco de que se trata a Espanha? Quem são os Espanhóis e quem forma a nação? Para responder essas perguntas nada mais do que recorrer aos diálogos e também à formação dos personagens da obra.
O personagem José nada mais é do que a representação do caudilho, e, como ele diz, seu sangue é da Espanha, assim como também Utrera cita diversas frases do protagonista do filme para firmar essa condição. A análise segue com a exaltação ufanista da Espanha como país, que além de ser colocada na obra como “la nación amada por Dios”, todos os poderes divinos se voltam para ajudar o país. Na obra o estrangeiro é mal visto para a Espanha, sua repressão ajuda a criar uma nação mais forte, no filme, no entanto, esse ódio ao estrangeiro não é apontado, pelo menos não de forma tão clara, as únicas cenas que nos levam a esse pensamento, são as cenas em que vemos a Espanha ser "ultrajada" pelos Estados Unidos na guerra de Cuba. A abominação ao estrangeiro também vai ser retirada de outro fator importante e latente dos discursos fascistas, a questão da raça, principalmente quanto à sua gênese. O autor através do personagem Pedro Churruca, o pai, vai mostrar, em uma cena, a genealogia do heroísmo espanhol, que será reforçado no final da película com a vitória fascista; o primeiro desses guerreiros natos é Damian Churruca que lutou e morreu na Batalha de Tralfaguar, batalha a qual é mostrada no inicio do filme, no entanto, na novela, como mostra Utrera, essa árvore tem raízes muito mais antigas, essa “raza” se inicia nos fenícios. Dando continuidade aos pilares franquistas, agora encontraremos mais duas palavras chaves dessa composição da ideologia espanhola, essas palavras são: Dever e honra. Esses dois termos caminham juntos no filme, ao cumprir o seu dever perante a sua pátria, conquista-se a honra. Utrera mostra que, para enfatizar melhor, há personagens fascistas que titubeiam perante o dever e consequentemente perdem a honra, esse é o caso de Luís Exteberria, o capitão abandona o front, assim como no filme, quem vem alertá-lo sobre seu erro é José, este convence o cunhado dizendo que sempre deve buscar a honra, e a honra não está desligada, nunca, do dever de salvar a Espanha.
Outro ponto relevante na novela de Jaime de Andrade é a questão da importância que se dá na luta contra os inimigos dos fascistas. O conflito é chamado pelos personagens de cruzada, o termo faz uma referência direta à guerra da reconquista, só que agora a Espanha está tomada por republicanos, anarquistas e comunistas e não por mouros. Os inimigos tem um tratamento especial no filme, assim como na novela, isso é clarividente, pois todos os antifascistas sempre estão desalinhados e com roupas velhas, não só isso, como também a aparência física degradada do inimigo é latente. Há também uma generalização da nomenclatura, todos são “rojos”, no mais claro da palavra, todos são comunistas independente da verdadeira ideologia e do cargo ocupado. Além dessa generalização da esquerda, há o esquecimento da direita, no qual Alemanha e Itália são apagadas da Guerra Civil como se nunca houvessem participado do conflito, sabemos, no entanto que essas nações tiveram papel crucial para a vitória fascista. Como diz Utrera, há uma substituição da história por uma história oficial.
Finalizando as análises temáticas, Utrera vai apontar para dois grupos que são colocados na novela: as mulheres e os professores. O primeiro grupo é retratado como total dependente dos homens, as mulheres tem papel na guerra somente nas questões do lar. Já as mulheres do lado inimigo são tratadas como lésbicas e masculinizadas. Há inclusive uma passagem que ocorre tanto no filme quanto na novela, na qual uma mulher teve o cabelo cortado por republicanos, o capitão do exército então pede que lhe arrumem roupas adequadas para uma mulher. Já o professor é visto como ser dispensável e débil pelos fascistas, para os personagens centrais da novela é na universidade que se fomenta a decadência da Espanha.
O artigo se encerra com uma análise do estilo da linguagem utilizada na obra, isso ocorre tanto no filme como na obra literária. Utrera primeiro nos mostra que o autor, Jaime de Andrade, usa um linguajar menos rebuscado quando se trata dos milicianos, podemos até afirmar que isso se trata de uma chance de barbarizar os antifascistas, afinal se esses não são pela Espanha logo por que falariam a linguagem de forma correta? Algumas considerações sobre o tempo, os sons descritos e as questões naturais que caminham junto com o ânimo dos personagens, são feitas pelo autor que termina sua obra discorrendo sobre as cacofonias e repetições que, como ele afirma, são frequentes na obra.
Embora algumas diferenças entre a novela escrita e o filme, ambos tem e atingem o mesmo propósito, recriar a história da Espanha, principalmente da Guerra Civil Espanhola em favor do regime fascista. É claro e são óbvias as intenções de degradar a classe trabalhadora e os grupos antifascistas, assim como as alegorias são colocadas de forma a condicionar o pensamento do espectador para aceitar o regime. Essa adaptação cinematográfica é proposital devido ao forte impacto que o cinema consegue sobre os espectadores, além de trazer as ideias de forma mais didática ao grande público, afinal nenhum regime político existe se não for por um apoio das massas.

[1] Na novela, diferente do filme, esse processo ocorre de forma mais demorada, acontecem diversos eventos antes de José ir para a sua execução.

[2] MATEOS, Araceli Rodríguez. Un Franquismo de Cine: La imagem política Del Rgimén em El noticiário NO-DO (1943-1959). Madrid: Ediciones RIALP, 2008

PRESTON, Paul. La Guerra Civil Española. Barcelona: Debate, 2008.

Artigo:
http://www.cervantesvirtual.com/obra/raza-novela-de-jaime-de-andrade-pseudonimo-de-francisco-franco--0/

Filmografia
Raza- arquivo próprio.

Claudio Eduardo da Silva

25.4.11

Tudo sobre Frederico

Nome: Frederico Sanches Olivieri
Data de nascimento:15/08/1968
Nacionalidade: Equador ,mas naturalizado Cubano
Profissão:Caminhoneiro

Federico teve infância pobre no Equador, aos 15 anos teve que comprar seu caminhão para sustentar a familia e, de repente, num lapso momentário de razão resolveu fugir para Cuba, de caminhão mesmo. Em Cuba começou a se dedicar a música devido a programas de inicação musical promovidas pelo governo socialista de Fidel Castro, conheceu grandes celebridades como a cantora pop Madonna, o grande futebolista Allejo, o ator Jhonny Deep (que na época viajou para Cuba para pensar no que hoje é o grande sucesso do cinema Piratas do caribe) e seu maior idolo Kenny G.

A Infância

Frederico tinha uma infância pobre no Equador, lá viveu as amarguras de uma vida sem reglias porém brincava muito, sua brincadeira favorita era o chamado rolinho porrada, na qual sempre perdia,adorava era masoquista desde sua infância, visto seu gosto musical era uma verdadeira tortura, de todas as crianças da vila era o ùnico que ouvia exaustamente Kenny G. por quem nutria um amor além do musical. Isso fazia com que todos os dias Frederico se tornasse o principal alvo de chacotas das crianças que gritavam "MARICON" exaustivamente aos seus ouvidos, coisa que ele pouco ligava,pois todos os dias olhava para o céu e pedia para Deus que mudasse daquele lugra e conecesse o amor de sua vida. Mas sabia que para isso teria que passar por muitos desafios durante sua adolescência...

A Momentary Lapse of Reason ( Adolescência)

Não, esse não é o nome do álbum lançado pelo Pink Floyd em 1985. Quero dizer, na verdade é, mas ele foi lançado com esse nome unicamente por que é assim que chamamos a fase de mudança em que Frederico sai com seu caminhão do Equador e viaja até Cuba onde resdiu até o fim da sua vida e onde realmente sua história começa.
Falar sobre esse período da agitada vida de Frederico é falar de uma verdadeira fase de mutação, cansado da sua vida de caminhoneiro no Equador, apesar dos 15 anos de idade e de apenas 1 ano de profissão, Frederico havia ouvido grandes história sobre o grandioso país Cuba que passara por uma revolução socialista e havia se tornado o país da oportunidade,porém os cubanos não achavam isso. Então Frederico encheu o tanque do seu caminhão e rumou (Não sei como) direto do Equador para Cuba, deixando para trás seu triste passado de "MARICON". Foi quando, depois de 10 dias de viagem chegou em Cuba, mas logo notou outros ares e as pessoas não eram iguais as do Euqador, nem falavam a mesma língua que ele, então logo notou que, na verdade, estava no Brasil. Voltou a encher seu tanque, comprou um mapa e foi definitivamente para Cuba. Aproveitou para dar carona a Ernesto Guevara de La Sierna o "Che" que viera ao Braisl ser condecorado por Janio Quadros, esse presenteou Frederico com uma vassoura e um lanche de mortadela recém tirado do bolso, infelizmenete esse fato foi apagado dos livros de História.
Frederico Finalmente chegou em Cuba lá foi logo conhecer o grande amigo de Che, Fidel Castro o atual presidente. A vida era levada normalmente por ele, porém, com uma diferença, agora fazia aulas de saxofone na escolinha do governo e começou a por seus sonhos em prática. Foi lá, na escolinha, que ele conheceu a mulher por quem se apaixonou para toda vida Runa Ramón Ramirez. Runa, na verdade, não deveria se chamar Runa mas sim Bruna ,mas como seu pai não conseguia falar o B e o homem do cartório era pouco dotado de inteligência o nome dela acabou ficando errado, e sem a mãe, que morrera no parto, para corrigir o erro do nome, ela aceitou esse mesmo. E seria na ESSECU (Escolinha Socialista de Saxofone Especial CUbana) que Frederico iria conhecer o homem por quem se apaixonou por toda vida.

O Segredo De Sierra Maestra

Era um dia lindo em Havana e todos na escola de saxofone aguardavam uma surpresa, um saxofonista super famoso viria até a escola fazer um workshop para os alunos. Frederico estava meio desanimado naquele dia ele havia brigado com Runa, porém a surpresa fez seu humor mudar.
Cabisbaixo Frederico estava lá por estar e foi assim, como mágica, que aconteceu, seus olhos brilharam quando o locutor anunciou: “Ahora com usted, el grand ás del saxofone, KENNY G." Frederico começou a chorar e, sem pestanejar, sem pensar no que os outros iam pensar no que ele estava pensando, correu até os braços de seu grande amor. Kenny G. acalentou o garoto e eles tocaram vários hits juntos se apresentando para os pequenos jovens cubanos. Depois trocaram os telefones, trocaram elogios e trocaram carícias, e se iniciou uma bela história de amor. Kenny G. sem pensar duas vezes ligou para Frederico que foi buscá-lo de caminhão no hotel, lá decidiram se refugiar em uma região montanhosa do interior dos EUA, decisão essa tomada pelo inteligentíssimo Kenny G. (Inteligência notada também nas suas composições) viajaram durante um mês e chegaram ao local. Mas lá houveram complicações, um casal gay de cowboys já estava lá e expulsaram os dois, que resolveram voltar a Cuba e se refugiar em Sierra Maestra. Frederico relatou a história dos cowboys em seu diário e se aproveitou da aproximação entre Cuba e China para vender a história para Bruce Lee, que se recusou a fazer um filme desses e revendeu para seu primo de 3º grau Ang Lee. Com esse dinheiro Frederico compraria seu saxofone e faria parceria com Kenny G. se tornado o FredeRí. Em Sierra Maestra se amaram muito e curtiam cada dia como se fosse o último, mas, por ironia do destino, FredeRí trepidou com as entregas do governo Cubano e sua vida, que estava no auge com shows e amores com Kenny G. e Runa, começou a tomar rumos inesperados.

A Crise dos Mísseis

É pra quem achou que Frederico não fazia diferença na história do mundo se enganou, graças a ele foi que Cuba apareceu mais uma vez nos noticiários do mundo através do trágico episódio da crise dos mísseis. Pra quem acha que o episódio é aquela velha lorota contada nos livros didáticos de que a URSS instalou mísseis nucleares em Cuba para atacar os Estados Unidos, vou lhes falar a verdade.
Frederico, agora atuando como FredeRí, estava cegamente apaixonado por Kenny G. e, como todos já sabem, ele era um dos principais caminhoneiros que trabalhava para o governo de Fidel Castro, afinal não são todos os caminhoneiros do mundo que viajam de Havana a Paris como se estivesse dirigindo um ônibus da Viação Cometa. Enfim,  por isso Frederico ficou responsável por levar de Cuba para a URSS um carregamento de mísseis para fazer a defesa de países como Vietnã do Norte, Coréia do Norte, China do Norte e Casas do Norte. Mas Frederico vacilou, sua paixão cega fez com que ele se esquecesse da entrega e que viajasse para Sierra Maestra para se aventurar com Kenny G. Nesse momentâneo lapso de paixão, ao fazer uma chupeta (se é que vocês me entendem), uma faísca atingiu os mísseis que começaram a sair voando para todos os cantos do mundo, um deles atingiu o Muro de Berlim e isso fez com que a Alemanha Oriental fosse invadida pela Ocidental, outro atingiu Mao Tse Tung, um ia a tingir o Vietnã do Norte, mas o John Rambo atingiu ele antes com um tiro de 9mm e depois destruiu todos os Vietcongs com a mesma arma, e, o ultimo deles, o mais perigoso, e o único nuclear voou em uma velocidade tão rápida que voltou no tempo e destruiu Hiroshima. O comunismo caiu!
Fidel Castro ficou puto da vida com isso, mas puto da vida mesmo, e mandou matar Che Guevara por ter levado aquele estorvo para Cuba, mandou prender Frederico em Guantánamo e só de raiava vendeu a Prisão para JF Kennedy, só para ele ser torturado por um homem com nome semelhante ao de seu amor.
10 anos se passaram Frederico foi liberto de Guantánamo durante o governo Clinton, ao sair foi correndo para os Braços de Kenny G. quando teve a maior decepção de sua vida...

INVASÕES BÁRBARAS

Anos se passaram e Frederico já não era mais FredeRí e também já não era mais herói. o fato da crise dos mísseis somados com o episódio em que e0le cumprimentou Allejo antes de um jogo contra os Estados Unidos, o toque na mão do craque lhe deu um azar tão grande que ele não marcou mais que 80 gols no amistoso, fizeram com que Frederico fosse lembrado como vilão nacional. Já não lhe sobrava mais nada só o amor de Runa e Kenny G, mas o tempo mostraria que ele estava redondamente enganado. Ao sair da prisão e ao voltar para casa Frederico teve a grande decepção de sua vida, o seu grande amor homem, Kenny G. havia se casado com seu grande amor mulher, Runa, e se não bastasse roubou seu saxofone e transformou seu caminhão em um ônibus de turnê e em 1986 já havia lançado o seu cd de maior sucesso "Kenny G. Ultra Diferents Songs" que depois mudou de nome para "Doutones" por sofrer um processo por parte dos consumidores de propaganda enganosa. Frederico chorou, chorou tanto que inspirou Johnny Depp a escrever o roteiro do filme "Piratas do Caribe" e depois vende-lo para Tim Burton assim não assumindo tamanha obra ridícula, a inspiração rendeu uma grana para Frederico que, sem mais nada a perder, comprou um rifle. Porém em um momento de angústia e agonia ele colocou munição no rifle e mostrou para um músico famoso dos Estados Unidos como funcionava e vendeu o rifle. Nesse mesmo ano Kurt Cobain se matou.
As angústias de Frederico foram crescendo ele pegou seu caminhão de volta e ainda Kenny G. disse que havia doado ao pobre homem e ficou com todos os créditos da ação, mas o ano de 2001 foi duro e Frederico não aguentava mais sua vida medíocre exatamente no dia 11 de setembro do mesmo ano ele disfarçou seu caminhão de avião e em atitude suicida atirou-se com ele contra as torres gêmeas (World Trade Center) e junto com ele outro avião lotado de fãs fez o mesmo, assim deu fim a sua longa e triste história, que ainda recebeu em homenagem um pequeno discurso de 8 horas de seu grande ex-amigo Fidel Castro, o discurso fora dublado em árabe para a rede de TV Al Jazira e por um erro de transmissão passou nos Estados Unidos também, a força da mídia fez com que o Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. Acredita-se que o atentado fora culpa dos árabes e fez desse episódio álibi para iniciar uma guerra contra o Afeganistão e o "heróico povo Talibã" como disse John Rambo em Rambo III.

Fim

Frederico e sua influência na história mundial

- Jânio Quadros renunciou depois de saber que o homem que estava encarregado de levar Ernesto Guevara de la Sierna o "Che" odiava sanduíches de mortadela principalmente os recém tirados do bolso do paletó, esse homem era Frederico.

-A banda Captain Beyond banda do ex- vocalista do Deep Purple tem esse nome, pois se inspirou no nome que apelidaram o caminhão de Frederico Capitão Além.

-O episódio da crise dos mísseis foi mascarado por interesses soviéticos e estadunidenses de continuar a guerra fria.

-Frederico inspirou a idéia de atemporalidade do filme o Cão Andaluz, por só ele conseguiria ter nascido nos anos 60 e inspirar um filme da década de 20.

-O título do filme Laranja Mecânica foi inspirado na Mecânica Laranja de Quito oficina que ele trabalhava antes de ir para Cuba.

-Frederico popularizou o softjazz.

-O Historiador Eric Hobsbawn escreveu a história social do Softjazz, mas como o estilo era desconsiderado pelos acadêmicos o livro virou "A História Social do Jazz".

-O quadro de René Magritte "Ceci nes´t pass a pipe" (Isso não é um cachimbo) tem esse nome por na verdade não é um cachimbo e sim um saxofone disfarçado de cachimbo, e esse saxofone foi inspirado no saxofone de Frederico.

-Assim como o Chesperito é uma alusão a Sheakspeare, o seu personagem Kico ou Frederico é uma alusão ao próprio, e se não bastasse Madruga tem esse nome por que Frederico Fazia suas composições na madrugada e ainda Chiquinha era o apelido de Runa em Cuba. A marreta do herói latino-americano Chapolin Colorado era para ser um saxofone, mas como ninguém usa um saxofone como arma Bollaños usou a marreta mesmo. a cor do herói é uma alusão ao comunismo regime político do país onde Frederico fez sua história.

-A música "debaixo dos caracóis do seu cabelo" foi uma serenata encomendada por Frederico para Kenny g. no aniversário de primeiro namoro deles.

-Frederico ganhou uma copa do mundo de saxofone para Cuba no ano de 1977, mas sua imagem foi ofuscada pelos punks do Sex Pistols.

-A banda Sex Pistols tem esse nome porque era assim que Frederico chamava o Kenny G. nas horas intimas.

-Frederico inspirou o grupo Femen, grupo de mulheres ucranianas que fazem -

manifestações seminuas e que nunca ouviram falar de Fidel Castro.

-Frederico popularizou o softjazz no mundo todo.

Claudio Eduardo da Silva

8.4.11

A Língua das Mariposas [1]- Uma breve análise.

O filme dirigido por José Luis Cuerda, lançado em 1999, é um clássico quando o tema é Guerra Civil Espanhola. O filme foi baseado em uma série de contos de Manuel Rivas, e mesmo sendo uma adaptação não deixa a desejar. A película conta a história de um professor que dá aula em um vilarejo, um de seus alunos, o mais novo da turma, o teme, porém sem conhece-lo. Moncho, o jovem protagonista, perde o medode seu professor, ao perceber que ele pode lhe mostrar um mundo o qual ele ainda não conhece. Após esses acontecimentos as relações entre o professor e o aluno são cada vez as melhores. Eles realmente acabam virando grandes amigos, mas, com a eclosão da Guerra Civil Espanhola, essa proximidade termina, o professor é preso e Moncho é obrigado, pela sua mãe, a ofendê-lo.

O filme, embora não fique muito claro, se passa meses antes do início do conflito espanhol. Mas as diferenças políticas entre os personagens do filme mostra com clareza a situação que a Espanha se encontra. Há muita simbologia entre o ancião, o garoto e os adultos da vila. Don Gregório é como se fosse o conhecimento necessário para essa Espanha nova, que está representada em Moncho, saia de um pensamento antiquado que está colocado em algumas mulheres, principalmente em Rosa, mãe de Moncho- sem qualquer motivo aparente- tem um papel de mostrar uma Espanha mais presa aos costumes medievais[2], com medo da república e com falta de conhecimento científico. A busca por uma Espanha ateia e livre é clarividente nas falas de Don Gregório. Essa representação da Espanha também ocorre em outros personagens, como por exemplo: O Palhaço, esse se espelha a alegria, o Músico do Acordeom vem de uma banda Galega, o que pode simbolizar a diversidade cultural espanhola, Roque Pai é dono de um bar onde todos se reúnem, isso pode ser o fim das amizades- assim como ocorre com o fim da amizade de Moncho e Don Gregório- e por fim o professor que representa a ciência.

A cena final faz clara referência ao que a Espanha viria a se tornar, afinal com o resgate das tradições costumeiro entre os regimes fascistas, retornará ao fim da Guerra Civil. E assim é, os presos políticos dos fascistas são apedrejados como pecadores, aos gritos de “ateu” e “comunistas”. Apesar de tudo o filme acaba com um ar esperançoso, Moncho grita ao final duas palavras: tilonorrinco e tromba-espiral, essas palavras revelam que a semente de liberdade está em Moncho, é uma das possibilidades, infelizmente não foi a que venceu a Guerra. Talvez justamente pela imaturidade dos comunistas e libertários, mas, também, por outros motivos de apoio político[3].

Talvez para uma análise mais justa do filme seja melhor ler os contos de Manuel Rivas que inspiraram o diretor. Mas que o filme é dotado de uma simbologia magnífica ele é. E isso faz com que o filme se torne mais gostoso e mais interessante. Logicamente o filme contém mais cenas simbólicas. Temos Carmiña a mulher que faz sexo, às escondidas, com Boal e sente tesão por um cão. Essa história é parte de outro conto de Manuel Rivas. Também existe uma relação forte entre Andrés e seu saxofone. Esses dois últimos personagens citados fazem parte de uma segunda história que acontece paralela à relação de Moncho com Don Gregório. Em fim é um filme bom, que trata do conflito espanhol e da Espanha de uma forma pouco direta, e que nos faz refletir sobre as relações políticas e sociais de um país em constante construção.

1-É válido dizer que esse filme veio para o Brasil com sua tradução incorreta. A palavra mariposa, em espanhol, significa borboleta em português.


2-BUÑUEL, Luis. Meu Último Suspiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982. Na obra o cineasta surrealista espanhol fala sobre o vilarejo de Calanda, onde viveu sua infância e adolescência. Buñuel faz diversas afirmações sobre os costumes medievais que o vilarejo possuía e ainda possui. As mesmas descrições aparecem no filme de José Luis Cuerda.

3-PRESTON, Paul. La Guerra Civil Española. Barcelona: Debate, 2008. p.127-129.

Há também um artigo sobre o livro de Manuel Rivas no site http://www.cervantesvirtual.com/ .

Claudio Eduardo da Silva


1.4.11

Zé Ateu

Fiquei muito tempo com essa ideia na cabeça. Fazer uma crônica só que em vídeo. Então uma história surgiu na cabeça e eu acabei colocando-a em prática. Saiu a primeira Crônica Filmada, Zé ateu. Pode ser que muitas pessoas não gostem. Mas continuando a falar sobre o vídeo ele foi filmado e editado em menos de seis horas, a preguiça atrapalhou muito mais do que qualquer outra coisa, mas em fim agora temos o vídeo concluído. Aproveitem!

Claudio Eduardo da Silva.