26.12.10

Mil Conto de Natal

Primeiro de tudo, Feliz Natal! É sempre assim que o dia 25 de dezembro começa todos os anos, uma data maquiada, para um aniversário maquiado, conversei isso com a tia de um amigo meu em um desses natais. Ela já era formada em geografia fazia tempo e eu estava pensando entre História e Ciências Sócias, então meu amigo revelou que eu era ateu e tive que me explicar, até ai tudo bem, depois começou a velha discussão da data do Natal e da cor da pele de Jesus Cristo, como se isso mudasse a força do mito.


O Natal começou a ser desacreditado por mim quando eu tinha dez anos e comecei a perder espaço para as demais crianças da família, a família como não poderia deixar de ser se separou com o passar dos anos e, desde os 16 anos o Natal nunca mais foi o mesmo. Ainda bem acho que não existe data no ano em que eu me dedico mais a mim.

Eu saio, vou dar umas voltas na paulista vejo aquelas luzes de certa forma são bonitas. O que não é bonito é o falso sentimento natalino, nem vou repetir que já virou clichê, no entanto as coisas deviam ser mais honestas, tipo a mãe diz que odeia o pai e transa com outro ou vice e versa, o filho assumir que usa drogas de uma vez, as cunhadas se esbofetearem etc. Eu sei que isso é só um devaneio, o Natal não deveria ser assim, deveria era não ser um compromisso de família, a não ser que a família fosse apta a assumir esse compromisso.

Fazendo um balanço geral esse Natal até que foi bom, pelo menos sem querer eu consegui assistir um pedaço do filme Persépolis, que por sinal é muito bom. Além disso nas últimas horas do dia 25 consegui ir até a casa de um amigo meu, a família dele é super legal, ai nós bebemos conversamos, não sobre o nascimento de Jesus Cristo, mas sim sobre outras bobagens, até pulei corda, há quanto tempo eu não fazia isso. Em fim o Natal é sempre a mesma coisa pra mim, e tomara que ano que vem eu não esteja escrevendo um texto desses de novo.

Claudio Eduardo da Silva

Um comentário:

  1. É, acho que quando a gente é criança as coisas são tão mais legais, fica tantas imagens, lembranças boas de determinadas épocas (O Natal por exemplo) até chegar o momento que a fantasia acaba e por fim chegamos a nos sentir insuportaveis. Mas nada de nos sentirmos culpados, só estamos sendo realistas. Ser adulto é isso. Feliz Natal!(é um comentário 10 dias atrasado, mas vc releva né!)

    ResponderExcluir